O xintoísmo é uma religião politeísta de origem japonesa cujo objetivo é estabelecer a harmonia entre o homem e a natureza. O xintoísmo é considerado um modo de vida do povo japonês, que diferente de outras entidades religiosas não possui um fundador, nem um livro sagrado, mas baseia-se em textos antigos chamados de Shinten, são eles: O Kojiki: A mais antiga escritura, uma trilogia que conta as mais antigas histórias sobre a mitologia japonesa; a segunda é a Nihonshoki ou Nihongi que são crônicas japonesas, e a última Kogo-shui que fala sobre a família dos Imbe.
Acredita-se que existe cerca de 120 milhões de adeptos ao xintoísmo no Japão, podendo atingir um resultado ainda maior, pois a religião já possui diversos santuários espalhados por todo o mundo, inclusive no Brasil, onde o templo encontra-se localizado no estado de São Paulo. O principal símbolo do xintoísmo é o Torii, que representa o respeito e a vida em harmonia com a natureza.
Antigamente, o xintoísmo não tinha uma nomenclatura definida, mas após a expansão do budismo, no século VI, os adeptos do xintoísmo sentiram a necessidade de atribuir a esta filosofia de vida um nome.
A origem do nome xintoísmo é derivada da palavra Xinto, uma união entre duas palavras de origem chinesas, o Shin (Deus) + To/ Do (Caminho), chamada de “O caminho dos Kami”. Diferente de outras religiões, o xintoísmo não possui fundador, os seus seguidores acreditam que o xintoísmo nasceu naturalmente e é parte da cultura japonesa.
Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/xintoismo
O xintoísmo atribui um valor sagrado aos Kamis, que são seres divinos responsáveis por manter o equilíbrio entre o homem e a natureza gerando uma harmonia entre os dois, sem necessariamente separar um do outro. Para o xintoísmo não existe separação do ser real e do não real. Para o xintoísmo o homem deve levar uma vida pura e em harmonia com a natureza que são atingidos através dos rituais de purificação.
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Para entrar em um templo sagrado do xintoísmo é necessário passar pelo Torii, que fica localizado logo na entrada de cada santuário, esta é uma forma simbólica de conservar a ideia de que deve-se adotar boas práticas a partir dali.
No Japão existem vários templos espalhados pelo país e todos os japoneses moram próximo a um santuário xintoísta, pois acredita-se que o espírito Kami irá proteger os membros da família.
Certamente Ise é o templo xintoísta mais importante do ponto de vista de representação e de história. Ele fica na província de Mie Tamanha é sua importância que ele também é conhecido como Ise Jingu ou apenas Jingu (“O Santuário”) . O kami que é venerado nesse santuário, bem como no templo xintoísta do Brasil é Amaterasu. Essa divindade é considerada a ancestral da família imperial.
O Santuário de Ise, na verdade, é um complexo de templos ligando ao menos 100 templos menores. Segundo estudiosos, a construção é datada ente os séculos III e V , ainda que as narrativas mitológica apontem para antes de Cristo, e teria sido fundada por Yamatohime, filha do Imperador Suinin, em obediência à ordem, que teria recebido da própria divindade.
O estilo arquitetônico desse santuário é anterior às influências do budismo ou da China sobre as construções, revelando aquilo que é tradicional e próprio do Japão. O estilo é chamado de Shinmeizukuri e não pode ser utilizado por nenhum outro santuário (Encyclopedia of Shinto, 2020).
Como se trata de um amplo complexo, muitas estruturas são importantes. Destacamos algumas delas:
Anzaisho e saikan – São locais onde os sacerdotes (saikan) ou o imperador devem passar uma ou duas noites com a finalidade de purificação pessoal antes de participarem de rituais;
Imibiyaden – É o local onde são preparadas as refeições para os kami;
Kotaijingu – É o espaço mais sagrado de todo o complexo. Nele está o yata no kagami, que é o espelho sagrado, o shintai do espírito nigitama de Amaretasu.
Fonte: Xintoísmo – Robert Rautmann – Ed. Intersaberesção.